01/02/2025

Louca em busca da longevidade

 Desde criança sempre fui “moleque”, gostava de ficar na rua, andar de carrinho de rolimã, empinar pipa, jogar bola e brincar de brincadeiras tradicionais, como pular corda e somos três marinheiros (essas que as crianças de hoje não sabe nem que existe). Minha irmã sempre foi a mais responsável, acordava cedo, cuidava da casa, gostava de se arrumar, mas eu queria apenas uma roupa (éramos desprovidos de muitos recursos financeiros, então eu tinha poucas peças de roupa), então vestia um short e uma camiseta e lá ia eu, rua… O coisa boa, era feliz e não sabia.

Na rua de casa, havia algumas construções e com isso, muita terra solta, era o suficiente para rolarmos nela o dia todo. Chegava da escola, almoçava e pé na tábua. Quantas “surras” levei do meu pai e da minha mãe por passar muito tempo fora de casa, mas não estava nem aí, eu era feliz, ia novamente.


Assim cresci, numa infância humilde, mas feliz, gostava de ler os livros da coleção Vagalume e estudar. Eu era boa na escola. Por ser moleque, fui uma pessoa que sempre fez os serviços mais brutos, pegava peso, subia nos muros, trocava lâmpadas e chuveiro, arrumava tomadas, tudo que era serviço de “homem” que meu pai teria que fazer eu fazia, com isso aprendi muito.

Mas o tempo foi passando, a vida adulta chegou e com ela o peso das responsabilidades, casa, marido, filho, contas… são tantas coisas para pensar que acabei esquecendo de mim mesmo. O corpo foi enferrujando e não tinha mais agilidade de antes, com o tempo foi ficando pior, o peso aumentando e a mobilidade reduzindo. E quando falo de peso e mobilidade, não é nada tão aparente, as pessoas falam que meu peso está bom, que não estou “gorda”, mas estou com sobrepeso e isso eu percebo não somente quando olho no espelho, mas quando vou pular de um degrau, quando vou fazer uma corrida, quando me abaixo para colocar o tênis e sinto dificuldade em fazer isso. Muitos podem dizer que é bobagem, que não estou gorda e realmente sei que não estou, mas o que sinto é que o peso da idade vem chegando, dia após dia percebo que o corpo vai se limitando em seus movimentos e esse processo é demorado e contínuo.

Então por que a minha angústia? Me sinto angustiada porque estudo sobre saúde, longevidade e também tenho o exemplo de pessoas idosas a minha volta, algumas bem dispostas, tomando conta da sua própria vida, independente e outras já dependendo dos familiares para algumas tarefas que já não dão conta de fazer sozinhos.

Sei que o envelhecimento é um processo silencioso, os prazeres que a vida oferece, como uma alimentação altamente palatável que te faz comer mais que o necessário e também o estresse do cotidiano que trás a ansiedade e com ela a vontade de descontar na comida. A neurociência explica esse processo direitinho, e por estudar muito sobre isso é que procuro fazer o certo hoje, não chutar o balde para longe, porque eu quero envelhecer, pulando muro, subindo em árvores, brincando e correndo com meus netos e sobrinhos e muitas outras que crianças que gosto perto de mim.

Diário de uma louca

 A vida pelo ângulo de uma pessoa ansiosa




A angústia sempre me levou a escrita, pensamentos obscuros, que por vezes reflete o que minha alma sente. Tantos julgamentos e tantas expectativas nos faz morrer por dentro, pouco a pouco a inspiração vai sumindo, você vai deixando de ser quem é para ser o que os outros acham que você tem que ser. E não ache que isso não acontece com todos, pois sim, acontece, mas num nível de profundidade diferente. Feliz é aquele que sabe se libertar das amarras do convívio social e viver primeiramente para si, como ser humano que somos: únicos.

Folha de rosto para agenda escolar

Ano começando e nós professores precisamos preparar a agenda para as crianças. Trouxe um arquivo que deu muito certo comigo e minhas amigas começaram a me pedir, então resolvi disponibilizar para vocês. 


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